quarta-feira, 23 de julho de 2008

Geração?

"I'm a designer" Queens Of Stone Age

"o sol se põe, de baixo do tapete, um tesouro" VANGUART

O que quer uma geração? O que é uma geração? Bem, eu não sou o único que não sabe a resposta, longe de uma análise antropológica, nem o último a fazer essa pergunta. Estava ouvindo, dentro da última noite, um cd "épico" o tal do nevermind da tal do Nirvana. Fiquei um tanto desapontado por aquelas músicas não mais me tocarem como tocavam quando eu tinha 16 ou 17 anos, pior, estava mesmo era mergulhado numa paisagem vermelha de "A Maçã no Escuro". Essa quase indiferença me suscitou discutir esse assunto, ou pelo menos tentar me jogar nele.

Primeiro, nos idos dos 90 havia algo a ser destruído, como uma remanescência das prévias destruições dos anos 60, mas com uma energia menos contida e, talvez, por influência de novas mídias, mais rápida, violenta e até mesmo sexual. Não falo só do grunge, mas de tudo desse período. Numa sociedade em que a liberdade sexual e a livre expressão já haviam sido mais que concretizadas, havia algo a ser dito, no caso gritado. Algo que se confundia com a revolta contra toda a "máquina" e aquele desconforto de se perceber enquanto parte única num mundo nem tão corrreto assim.
Na verdade não vejo nenhum paradoxo na atual Sub-cultura, com seu Strokes chatíssimo e as ondazinhas que veem e vão, vide folk, neo-folk, indie, estamos como na propaganda de celular. Com menos, muito menos. Esse muito menos sai caro. Conquanto nossa geração esteja mais consciente de que música e essas rebeldias empacotadas não mudam muita coisa, não há nada e novo, nem mesmo a fúria, a ira contra a máquina. Afinal, consciente que somos, sabemos que a máquina responde de uma só forma à resistência, se fortalece.
Mas então por que continuar ouvindo roque em rôu? Por que boicotar programas ruins na tv? Por que ainda ir em busca de um bom livro ou um bom filme? Por hedonismo ou por ter no olhar a certeza que tem os condenados ante seu fim, viva enquanto está vivo?em minha opnião a fúria deu lugar a sutileza, não haverá mais um Jeff Buckley, mas gigantescas massas vomitando música visceral e cativante. Já está ocorrendo, você não precisa ser um bom cantor pra cantar, você não precisa de aulas de guitarra ou pintura, vivemos no mundo pós-do-it-your-self. E isso é maravilhoso e assustador.
Pensar em qual a missão dessa nossa geração ou em como vamos ser dissolvidos no mass media pode te custar alguns neurônios e alguma terapia. Mas com certeza só sua conciência vai te dar autoridade contra o mundo, ou a favor do que você faça, seja pintura, escrita ou som.Pensar nisso tudo levou um monte a loucura, e nós, meus caros, não vamos nada bem.

3 comentários:

Lauana Buana Fidêncio disse...

Só agradecendo pela visita e muito afim de saber quem é vc!! uhuhauhuahau, inté!

Lauana Buana Fidêncio disse...

Caramba, jurava q vc era um dos meus amigos aqui de Uberlândia, que naum são, em maioria, de Uberlândia mas que estavam por fazer um blog e tal, mas grata surpreza entaum, eu sou tb aqui da região do triângulo mineiro, a gente se fala.

tb sou bem idiota, daquelas que tropeçam e caem das escadas!!
Inté!

Danni Ribeiro disse...

Valeu pela visita. Vc é do Triângulo Mineiro? Qual lugar? Eu tb sou. Coincidência?? Caro adicto conterrâneo, adquiro meus psicotrópicos mediante a devida apresentação das famosas receitinhas azuis, fornecidas por meu psiquiatra, pois sou uma doida "direita". ;-)
Volte mais vezes, viu! Devo atualizar essa semana. E mantenha contato, pois fiquei curiosa para saber de onde és. Bjocas.